Quero me solidarizar com o colega Ricardo Gama, jornalista que, em seu blog www.ricardo-gama.blogspot.com, não se cansa de denunciar falcatruas e incoerências na política do Rio de Janeiro, em especial nos governos de Sergio Cabral e Eduardo Paes.
Não vou me estender muito. Queria apenas dizer o quão absurda é a tentativa de homicídio cometida contra ele, em plena luz do dia, no bairro de Copacabana. A princípio a polícia trabalha com a hipótese de tentativa de execução do jornalista.
Sempre disse que o Rio de Janeiro estava numa situação melhor que países como México, Colômbia ou Rússia, onde jornalistas não podem exercer sua constitucional liberdade de expressão sob o risco de ter sua vida ameaçada. Imaginava que o Rio estava relativamente livre disso.
Diante do ocorrido com Ricardo Gama, devo começar a repensar sobre a suposta segurança que jornalistas ainda podiam gozar no Rio de Janeiro. Estamos mesmo próximos de nos tornar um novo México, um narcoestado altamente corrupto e perigoso para a imprensa e a população.
Também sempre repeti que, no dia em que o Rio de Janeiro, começasse a se parecer com um narcoestado corrupto, teríamos que nos preocupar de verdade. Acredito que está na hora de nos preocuparmos de verdade. Sim, o Rio pode piorar.
Um atentado como esse demonstra que não estamos nos tornando um estado mais seguro, por mais que toda a máquina de propaganda do governo do estado gaste milhões de reais para comprar a imprensa e convencer a população carioca do contrário.
Lamento muito o ocorrido, que me lembra os tempos obscuros de terror de Pablo Escobar na Medellín das décadas de 80 e 90. Ricardo Gama, bola para frente. Não se intimide. Nem você, nem qualquer outro cidadão fluminense. Vamos continuar buscando trabalhar em prol de uma sociedade melhor para os nossos filhos...
quarta-feira, 23 de março de 2011
Treinamento virtual simula realidade das ruas para capacitar policiais do Rio no uso da força
A Polícia Civil do Rio de Janeiro inaugurou hoje (23) uma sala de treinamento virtual para capacitar policiais no uso progressivo da força, isto é, na escolha da melhor arma para cada tipo de situação. A chamada Sala de Tomada de Decisões consiste em uma área de 120 metros quadrados (m2), com telas que projetam imagens de situações rotineiras enfrentadas pela polícia nas ruas, como a abordagem de veículos e de suspeitos.
Os policiais interagem com as imagens e aprendem a decidir qual o melhor tipo de arma que será usada em cada situação, sejam armas não letais, como tasers (pistolas de eletrochoque) ou gás de pimenta, ou armas letais, como pistolas e fuzis.
Dentro da sala, as armas reais são substituídas por réplicas a laser e ar comprimido. Os alunos usam um cinto que recebe descargas elétricas sempre que são atingidos pelo agressor. A ideia é gerar níveis de estresse no policial, que se aproxima da situação real que será vivida nas ruas.
“Ele vai ser testado e treinado para poder resolver aquela demanda. São em torno de 30 cenários. Em alguns, ele pode usar arma não letal, em outros arma letal. Na medida em que ele pratica isso, obviamente, se prepara para enfrentar o dia a dia”, disse o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
Todos os policiais civis, novos e antigos, serão treinados na sala. Segundo Beltrame, mais duas salas semelhantes serão construídas para treinar policiais militares. Um dos objetivos é reduzir a letalidade nas ações policiais, que, de acordo com o secretário, já vem apresentando queda nos últimos meses.
Os policiais interagem com as imagens e aprendem a decidir qual o melhor tipo de arma que será usada em cada situação, sejam armas não letais, como tasers (pistolas de eletrochoque) ou gás de pimenta, ou armas letais, como pistolas e fuzis.
Dentro da sala, as armas reais são substituídas por réplicas a laser e ar comprimido. Os alunos usam um cinto que recebe descargas elétricas sempre que são atingidos pelo agressor. A ideia é gerar níveis de estresse no policial, que se aproxima da situação real que será vivida nas ruas.
“Ele vai ser testado e treinado para poder resolver aquela demanda. São em torno de 30 cenários. Em alguns, ele pode usar arma não letal, em outros arma letal. Na medida em que ele pratica isso, obviamente, se prepara para enfrentar o dia a dia”, disse o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
Todos os policiais civis, novos e antigos, serão treinados na sala. Segundo Beltrame, mais duas salas semelhantes serão construídas para treinar policiais militares. Um dos objetivos é reduzir a letalidade nas ações policiais, que, de acordo com o secretário, já vem apresentando queda nos últimos meses.
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