Enquanto o "governador" do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, viaja para os Estados Unidos para tentar convencer os empresários de lá de que o nosso estado é um mar de rosas (um Jardim do Éden tropical) e vender a imagem de que o Rio é um lugar liberto do crime pelo "milagre" das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), o RIO REAL continua pegando fogo.
Por mais que Cabral queira acabar com o crime através de uma lavagem cerebral na população, em vez de atacar verdadeiramente os problemas da segurança pública, o Rio de Janeiro continua teimando em ser um local violento.
"Em 2010, o número de homicídios foi o menor dos últimos 20 anos. A mesma tendência é observada nos indicadores de roubos de rua e de veículos, coroando o sucesso de nossa política de segurança. Mas o nosso maior avanço tem sido a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que nos têm permitido retomar territórios antes dominados por criminosos que subjugavam milhares de pessoas, impedindo o seu direito de ir e vir. A conquista da paz é a base para todas as outras conquistas", dizia o engravatado Cabral, aos investidores do Tio Sam, ontem (31/3) em um auditório climatizado e confortável, em Washington D.C.
Ao mesmo tempo em que Cabral cuspia seu discurso pronto (e repetitivo) sobre a reconquista do direito de ir e vir (bla bla bla), uma criança de cinco anos morria, depois de ser assassinada durante uma ação policial numa favela de Cordovil. Caíque da Mata dos Santos, de 5 anos, brincava na porta da casa da avó quando foi baleado e, se estivesse vivo, na plateia do auditório em D.C., certamente discordaria do governador. Caíque nasceu pouco antes de Cabral assumir o governo. Ele morreu sem saber o que é liberdade de ir e vir. E, possivelmente, foi morto pela mesma polícia que Cabral diz estar "libertando" a população das favelas.
No mesmo dia em que Cabral tentava criar nos EUA uma fictícia imagem do Rio, era veiculada uma denúncia de que policiais torturaram um cidadão dentro de uma delegacia em nobre bairro de Botafogo.
Na madrugada desse mesmo dia, um casal de namorados era executado por bandidos em Realengo (local que curiosamente possui uma favela com UPP), depois de uma das vítimas ser obrigada a participar de um assalto com seus algozes.
Enquanto Cabral curtia o clima ameno de primavera do nordeste dos Estados Unidos, ladrões faziam um arrastão no pacato bairro da Urca, na zona sul da cidade. No Morro do Jorge Turco, na zona norte, um dos 1.500 onde a polícia só entra depois de trocar tiro com bandidos, dois suspeitos eram mortos pela polícia. Um homem era encontrado morto no Centro da cidade.
Bem... Parece que o Rio não é bem essa maravilha que nosso amigo Cabral insiste em propagar... Mas você, que mora no Rio de Janeiro, já deve saber disso. Ou não?
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