sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Morro do Encontro e Complexo do Lins sem UPP: O risco da Auto-Estrada Grajaú-Jacarepaguá se tornar a nova Faixa de Gaza carioca

A Polícia Militar está neste momento ocupando mais uma comunidade da região da Grande Tijuca, para implantar Unidades de Polícia Pacificadora (UPP): Morro dos Macacos. Em breve, será a vez da área de São João/Matriz.

Com essas duas favelas, a Secretaria de Segurança dá mais um passo para consolidar o cinturão “pacificador” da Tijuca. Já foram ocupados o Andaraí, o Borel, a Formiga, o Salgueiro e o Turano. Há planos de brevemente ocupar a Mangueira e os complexos de favelas do Catumbi e Rio de Comprido (São Carlos, Mineira, Coroa, Fallet, Fogueteiro, Prazeres etc).

O cronograma da UPP não menciona, pelo menos por enquanto, a ocupação de duas favelas que precisariam fazer parte desse cinturão: o Morro do Encontro, que é separado do Morro dos Macacos por apenas duas ruas, e o Complexo do Lins, conjunto de favelas vizinho ao Morro do Encontro.

Ambas favelas ficam no maciço do Grajaú e são cortadas pela Auto-Estrada Grajaú-Jacarepaguá, única ligação direta de Jacarepaguá com a Grande Tijuca. Sem uma ocupação por UPP, essas serão umas das poucas na região sem a presença policial.

A Auto-Estrada Grajaú-Jacarepaguá já tem um histórico de arrastões, tiroteios e bloqueios por criminosos.

Diante desse histórico e do fato de ser uma das poucas áreas sem a presença permanente da polícia, a Auto-Estrada Grajaú-Jacarepaguá pode se tornar uma nova Faixa de Gaza, um lugar perigoso para motoristas que precisam trafegar diariamente por essa via.

Por enquanto, a Grajaú-Jacarepaguá tem passado praticamente ilesa por essa onda de arrastões e assaltos que têm assolado o Rio de Janeiro. Mas esse quadro pode mudar depois da instalação da UPP nas favelas vizinhas dos Macacos e Matriz/São João e, posteriormente, de outras comunidades como a Mangueira, Fogueteiro, Prazeres, Fallet etc.

Um comentário:

  1. Mais de dois anos depois, o que vc diz? O Lins está um caos e segue sendo negligenciado pelas autoridades.

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