quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Associação de Moradores do Vidigal diz que não quer só polícia e espera intervenções urbanístico-sociais

A Associação de Moradores do Vidigal critica o abandono por parte dos governos, diz que não quer “só polícia” e reivindica intervenções urbanísticas e sociais na comunidade. O Morro do Vidigal é uma das três comunidades, junto com a Rocinha e Chácara do Céu, que foram ocupadas pela polícia no início desta semana, para a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

“A comunidade está abandonada há 20 anos. O Favela-Bairro [antigo projeto de urbanização da prefeitura do Rio] passou por aqui há 20 anos e não teve nenhuma manutenção. Só teve coisas paliativas, como tapa-buracos ou a troca de lâmpadas. Com tanto tempo de abandono, aqui falta quase tudo, transporte, saneamento, educação, saúde”, disse o presidente da associação, Wanderley Ferreira.

Segundo ele, os principais problemas são saneamento e riscos de deslizamentos de encostas. “Temos muito esgoto a céu aberto. E isso está prejudicando a comunidade. Também há algumas áreas com risco de deslizamento, por isso também precisamos de obras de contenção”, disse.

O Vidigal, diferentemente da Rocinha, não foi beneficiado com obras da primeira fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A expectativa é que a segunda fase do PAC (PAC 2) seja levada à comunidade.

A OCUPAÇÃO

A ocupação das comunidades da Rocinha, de Vidigal e da Chácara do Céu, na zona sul do Rio de Janeiro, será mantida temporariamente pelos Batalhões de Choque e de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, até que seja instalada a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) nesses locais.

O Bope ficará encarregado da Rocinha, a maior das três favelas. Já o Batalhão de Choque, que pela primeira vez coordena uma ocupação pré-UPP, ficará responsável pelas comunidades do Vidigal e da Chácara do Céu, favelas que ocupam o mesmo morro, mas que são bem menores.

De acordo com o comandante do Batalhão de Choque, coronel Fábio Souza, a ocupação do Vidigal e da Chácara do Céu será mantida com 60 homens, até que a UPP seja instalada. O oficial garante que a ocupação não prejudicará o trabalho primordial do batalhão que tem, entre suas funções, a segurança de estádios, a escolta de dinheiro do Banco Central e o controle de conflitos e manifestações.

Segundo ele, o Batalhão de Choque tem mais 60 policiais aquartelados, que podem agir em caso de necessidade. “Se houver necessidade, posso convocar homens que estão de folga”, disse o comandante. O coronel Fábio Souza não disse, no entanto, quando a UPP será instalada nessas três comunidades.

*Reportagem publicada na Agência Brasil

Um comentário:

  1. Denúncia anônima liga assessor especial de Sérgio Cabral a advogados detidos junto com traficante Nem
    ALERTA TOTAL
    http://www.alertatotal.net/2011/11/denuncia-anonima-liga-assessor-especial.html

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